Na sexta-feira (19), o juiz da 2ª Vara Cível de Lagarto, Edinaldo César Santos Júnior, condenou o então deputado estadual, hoje federal, Gustinho Ribeiro (SD) à perda dos direitos políticos por cinco anos além de multa no âmbito de um processo de improbidade administrativa aberto em 2016. O caso se refere à investigação das subvenções e da utilização desses recursos, da Assembleia Legislativa (ALESE), para benefício particular.
Na visão do Ministério Público, o parlamentar e sua tia, Maria Acácia Ribeiro, desviaram parte de R$300 mil destinados à Associação Beneficente Sociocultural Maria Acácia Ribeiro para realizar marketing da família no ano eleitoral de 2014. Segundo os autos consultados pelo O Papa-Jaca, apenas R$120 mil foram efetivamente utilizados para fins sociais da associação lagartense.
Os investigadores identificaram que, num dos casos que mais chamaram atenção, R$58,8 mil – ou 19,6% do montante -foram repassados exclusivamente para pagamento de uma dívida com a empresa PORTAL BADALANDO EIRELLE ME. Em outro momento, verificou-se que R$83 mil foram transferidos à conta da TT Service, que prestou serviço com valor superfaturado e foi identificada como uma empresa fantasma.
O dano ao erário foi calculado em R$179 mil e, se a decisão for confirmada pelas instâncias seguidas, deverá ser pago em conjunto com uma multa de cinco vezes o valor da remuneração de Gustinho em 2014. Já a Associação da família e Acácia Ribeiro, também condenada ao pagamento de multa, não poderão contratar com o Poder Público pelos próximos cinco anos.