Depois da votação acerca do prolongamento do auxílio emergencial até dezembro, que ocorreu na semana passada no Plenário da Câmara dos Deputados, veio ao debate público a crítica, por grande parte da população, aos parlamentares que votaram em desfavor da proposta que previa continuidade das parcelas de R$ 600,00 reais para os brasileiros até dezembro.
A representação lagartense ampliou o placar na votação desfavorável: os deputados federais Gustinho Ribeiro e Fábio Reis, o popular Fabinho, meteram os pés pelas mãos na decisão sobre a ampliação do período do auxílio do Governo Federal até o fim deste ano, matéria proposta através de uma emenda lançada pelo PT. Mas apenas um deles, quis limpar a lambança que foi essa atitude em relação à influência com o eleitorado. E o fez de forma meio atabalhoada, embora se pôde verificar uma tentativa gaiata de esperteza no discurso…

Primeiro, o atacante foi para cima da rede social. Fábio acusou de fake news, os compartilhamentos no Whatsapp – que possui o mando de campo das fakes – de que ele tinha se manifestado contra o auxílio. Mas uma rápida jogada no google e pênalti! lá está o voto contrário à prorrogação do auxílio no site da Câmara. Coisa paradoxal; a falta do caçula dos Reis Políticos foi ter usado a internet para executar o lance – na rádio até que ele poderia ter invadido a área -, mas contra um oponente que tem as características da rápida acessibilidade e ampla disponibilidade de informação não teve jogo.
Depois ele avançou para a oposição, jogando a bola da fake news contra o careca (não o da Seleção Brasileira de 86 e ídolo do Napoli), o careca Nininho da Bolo Bom, que também disse que Fabinho foi do contra; o rapaz do Bolo contra-atacou contando com a ajuda do VAR (árbitro de vídeo), e foi lá o boleiro, leu pedaço de emenda e mostrou os nãos de Fábio e Gustinho à proposta de prorrogar o auxílio. Só faltou fazer embaixadinha.
De olho no lance, o fato é que o deputado Saramandaia subestimou o adversário e a inteligência de boa parte dos lagartenses; talvez ele nem fosse totalmente opositor da extensão do dinheiro emergencial, mas entrou de salto alto em campo ao manejar o movimento errado só para não dar o gostinho do gol meritório ser marcado pelo Partido dos Trabalhadores – que recentemente foi rebaixado para a segundona e tenta subir -, criador da propositura. Foi a clássica defesa com a mão do jogador de linha, quando a bola já tem endereço certo – cartão vermelho.
No último escanteio antes do apito final, aos 48 do segundo tempo, Fábio apelou para a força da camisa, dizendo que foi duas vezes a favor do auxílio, e depois foi para a área, prometendo que não seria jamais um empecilho à ajuda financeira do Governo. Segundo ele, o que diziam era uma “maldade”, uma verdadeira falta de fair play (falta de espírito esportivo dos opositores), mas como o tiro de canto estava sendo batido pela mídia independente e contou com o futebolístico oportunismo da oposição, Fábio Reis deu uma cabeçada forte para evitar a derrota, mas certeira na direção do próprio gol, marcando contra, fazendo o golaço da estória da fake news. Já Gustinho, não quis revanche.