Durante interrogatório, o investigado pelo homicídio de uma criança em um carro na madrugada da terça-feira (24) confessou uma tentativa de homicídio que ocorreu há cerca de dois anos também no mesmo município, conforme informou a Delegacia de Areia Branca, nesta quarta-feira (25). O depoimento foi realizado na Delegacia Plantonista de Itabaiana. Ele, que também revelou origem da arma e também admitiu disparo que atingiu criança, havia sido preso em flagrante em uma ação conjunta deflagrada pelas Polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal.
Segundo o delegado Miguel Maximino, responsável pela investigação, ele se sentiu à vontade para confessar este outro crime. “A tentativa de homicídio ocorreu há cerca de dois anos, também em Areia Branca. Na ocasião, ele teria discutido com um homem alcoolizado e efetuado um disparo. Esse crime estava sendo investigado, mas ainda não tínhamos elementos suficientes para o indiciamento”, explicou, destacando que as investigações terão continuidade.
Morte da criança
Logo após o homicídio, as equipes iniciaram diligências que levaram à prisão do investigado como autor da morte da criança. Os policiais da equipe de Local de Crime da Delegacia Regional de Itabaiana foram ao local e iniciaram as primeiras diligências, inclusive com a coleta das imagens das câmeras de segurança, o que possibilitou a rápida prisão do investigado. “Logo após o crime, a equipe plantonista de Itabaiana se deslocou ao local dos fatos e colheu imagens das câmeras de segurança da região. Por sorte, toda a dinâmica foi captada, o que nos permitiu identificar as características do veículo envolvido no crime”, detalhou.
Com a ação integrada, análise de imagens de câmeras de segurança e levantamentos de campo, o investigado foi identificado e preso. “Com base nessas informações, conseguimos localizar e prender em flagrante o investigado como autor do crime. Com ele, apreendemos a arma utilizada no homicídio, três carregadores e as roupas que ele usava no momento do fato, conforme identificado pelas imagens de segurança”, relatou o delegado.
Durante o interrogatório, o investigado alegou que o crime teria sido motivado por uma discussão banal. “Ele disse que houve uma desavença por causa de uma ultrapassagem, mas que a rua era larga o suficiente. Mesmo assim, sob efeito de álcool, efetuou os disparos sem saber quem estava no outro carro. Ao saber que havia matado uma criança, ele demonstrou arrependimento, e disse que também era pai de dois filhos, que sabia que havia errado e, por isso, resolveu confessar a investida criminosa”, relatou Miguel Maximino.
Já sobre a arma utilizada no crime, o delegado informou que o investigado não tinha qualquer tipo de registro do armamento. “Ele alegou que comprou a arma de forma clandestina, há cerca de dois anos, de um caminhoneiro em Itabaiana por R$ 8 mil. Isso demonstra que ele já utilizava a arma como um acessório pessoal”, declarou, revelando que ele também será indiciado por porte ilegal de arma e corrupção de menores, haja vista a presença de uma adolescente no veículo no momento do crime.
Agora, a Polícia Civil segue com o andamento do inquérito policial. “Vamos concluir o inquérito no prazo legal, com a realização das últimas diligências, especialmente perícias técnicas nos materiais apreendidos. Nosso objetivo é fornecer ao Ministério Público e ao Judiciário todos os elementos necessários para responsabilizá-lo pelos crimes. A sociedade precisa de uma resposta firme, pois se trata de um crime cometido por motivo fútil, que tirou a vida de uma criança inocente” finalizou o delegado Miguel Maximiliano.
Fonte: F5news